segunda-feira, 2 de maio de 2011

Voo 1907: Processo contra pilotos em reta final

A defesa de Joseph Lepore e Jean Paul Paladino ("pilotos" do Legacy que se chocou contra o Boeing da GOL Linhas aéreas em 29/09/2006 sobre a Serra do Cachimbo/ MT) tem até a próxima sexta-feira, 06/maio/2011 para apresentar suas alegações finais. Leia mais em: "Processo criminal dos pilotos norte-americanos chega a reta final".

E a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) autuou os dois vulgo pilotos e a EXCEL AIRE em 3 infrações graves, sendo duas para os "pilotos" e outra para a empresa proprietária da aeronave, no dia 18/abril/2011. Leia também em: "Falhas dos pilotos norte-americanos são reconhecidas oficialmente pela primeira vez desde o acidente"



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Uma coisa que ainda não foi comentada neste blog, a respeito da tragédia do voo 1907 é o papel absurdo desempenhado por um suposto jornalista do New York Times, o Joe Sharkey. Nos dias subsequentes ao acidente, o individuo tratou de escrever uma série de textos em que colocava toda a culpa no Brasil, no Brasileiros, no Governo Brasileiro... só faltou mesmo acusar os pilotos do GOL e os passageiros de "ousarem estar na rota deles". Eu tenho um dos textos de Sharkey, que fiz questão de guardar pelo nível de arrogância desse camarada. Não vou reproduzir o texto aqui, nem citar o título, para não dar ponto para ele. Esse ser abjeto deveria ser restrito ao total ostracismo, mas ainda tem muito a pagar pelas calúnias publicadas contra o Brasil e todos nós, 190 milhões de vitimas.

Por enquanto, vamos analisar um pouco a situação da aviação civil estadunidense.

Pilotos em situação insalubre e que colocam em risco a vida de milhões de americanos (E estrangeiros) todos os dias:
Em 12 de fevereiro de 2009, uma aeronave Bombardier Dash 8 Q400 (DHC-8-400), de propriedade da americana Pinnacle Airlines/Continental Connection levantou voo em direção ao Buffalo-Niagara International Airport (BUF) em Buffalo, NY, carregando 49 passageiros (45 passageiros e 4 tripulantes). Devido a uma série de erros, incluindo um piloto que não ganhava o suficiente ou recebia auxilio hospedagem (o que o obrigava a dormir na sala dos pilotos nos aeroportos em que completava ciclos) e uma co-piloto gripada e que recebia a bagatela mensal de USD 1.200, essa aeronave caiu numa área residencial há poucos quilometros do aeroporto, despencando literalmente sobre uma casa, matando um homem que lá dormia.
Para maiores informações, leia este artigo (em inglês): A very in depth look at Colgan Air

Controladores demitidos por dormir na torre de comando:
Em Miami, FL, dois controladores de voo foram demitidos por dormirem no horário de trabalho. (Sim, eles estavam errados de dormir no horário em que deveriam estar alertas, mas se uma co-piloto recebia uma bagatela de USD 1.200 por mês, quanto esses coitados recebem, então?)
Artigo em Português: Controladores de voo dos EUA são demitidos por dormir em serviço

Falta de mão de obra em torres de comando: pau que dá em Chico também dá em Francisco - Parte 1:
Alan Yurman, piloto e investigador do Conselho Nacional de Segurança no Transporte para acidentes aéreos, afirmou em entrevista ao "O Globo" que existe falta de mao de obra nas torres de comando dos grandes aeroportos americanos. Leia em: Especialista diz que aeroportos de grande porte nos EUA deveriam ter mais controladores

Pau que dá em Chico dá mais em Francisco - parte 2:
O artigo a ser citado apresenta o interessante mapa que retrata os maiores acidentes da história da aviação mundial. Aliás, o artigo do IG cita o acidente envolvendo um Piper Archer e um DC-9 em 31 de agosto de 1986, no Aeroporto internacional de Los Angeles, por obra da desatenção da torre. O Piper decolou e entrou em rota de colisão com o DC-9 da AirMexico que fazia aproximação com o aeroporto.
Acidentes aéreos e falhas alteram tecnologia de aviação

Resumo:
Com uma aviação tão falha quanto a de qualquer outro lugar do mundo e, arrisco dizer, mais falha do que a do Brasil, uma vez que pelo menos os nossos pilotos e outros profissionais do ar não vivem de forma precária como seus colegas americanos vivem (*), como o JOE SHARKEY, do alto (ou do baixo calão) de sua arrogância e prepotência pode nos acusar de qualquer coisa? Ele poderia não saber o que a dupla mais cinicamente pateta da Aviação civil estava aprontando no cockpit, mas, posteriormente, deve ter tomado ciência - ou no minimo, suspeitado da imperícia e irresponsabilidade dos dois do cockpit.

Por isso que não aceito, de forma alguma Brasileiros natos ou que tenham herdado a Cidadania Brasileira, rejeitarem ou desdenharem o Brasil e o nosso povo: enquanto um PÉ RAPADO caronista de avião defende com unhas e dentes dois compatriotas assassinos, muitos "brasileirinhos" que passaram por baixo da cerca da vergonha entre México e EUA, só para fugirem ao destino de serem presos, processados e deportados, destilam veneno contra o país de origem e todos nós. Essa gentinha a que me refiro é de um egoismo impar; pisa em nossas cabeças e até no pescoço de suas próprias mães se for necessário a fim de se manterem na condição de "espertalhões", "os ricos da familia" (enviam parcos 100 dolares por mês para os pais no Brasil...). Ao invés de trabalharem honesta, digna e criativamente no Brasil, sujeitam-se a serem ilegais ou serem serviçais num país que não os deseja em absoluto. Existe uma expressão deveras grosseira que todos conhecem, envolvendo caviar e situações fisiológicas nada recomendáveis que esclarece bastante o que essa turma realmente vive nos EUA e como fazem questão de ser vistos no Brasil.



(*)Veja o documentário de Michael Moore "Capitalismo: uma história de amor", que entre outras mazelas dignas de quinto mundo, nos brinda, lá por volta de 30 minutos de exibição, com o caso de uma piloto da American Airlines, que faz rota nacional e é obrigada a ter um segundo emprego nas horas de descanso para ter um mínimo padrão de vida condizente com a sua profissão.

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