Ei, Acelmo!
Só agora descobriu que não existe papai noel, coelhinho da páscoa, duendes, superman, Luke Skywalker, ET, homem aranha? Pois é, colega, além desses personagens não existirem, é óbvio que o "biopaizãããão do ano" não iria contar seus podres. Não iria contar para a CNN, por exemplo, que:
a) mesmo sabendo que o ex-sogro e avô materno de seu filho e galinho dos ovos de ouro estava gravemente doente, ele, como bom Dom Casmurro (*) rancoroso e ambicioso que é, não permitiu que o menino sequer TELEFONASSE para o avô. Ninguém esperava que o indivíduo tivesse o extremo da humanidade de trazer o filho para visitar o avô, mas, por questão de respeito ao filho, poderia ter pego o telefone e permitido que o menino ligasse para o avô;
b) Que ele, seus asseclas, patrocinadores e a Corte parcialista de New Jersey estavam todos de conluio para extorquir a familia do menino MAIS uma vez;
c) que ele só foi atrás do menino após tomar conhecimento do sucesso da ex-mulher como empresária que não apenas possuia quatro lojas nos pontos mais badalados (e caros) do Rio de Janeiro, como também sua confecção exportava produtos para a Europa, onde são vendidas nas boutiques infanto-juvenis mais chiques. Para um durango (por opção durante o casamento) como Goldman, isso foi sinal verde para ascender na vida num país que está em plena recessão e cujo capitalismo não é apenas selvagem, é CANIBAL (se duvida, recomendo mais uma vez assistirem a série de documentários de Michael Moore: Roger & eu, Tiros em Columbine, Farenheit 09/11, SOS Saude/ Sicko e sobretudo, Capitalismo: uma história de amor).
Link para a coluna do Ancelmo: http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/posts/2011/05/13/a-coluna-de-hoje-380039.asp
(*) Para quem fugiu da escola, Dom Casmurro (1899) é um famoso romance escrito por Machado de Assis (1839 - 1908), e que também é autor da Memórias Póstumas de Brás Cubas e fundador da Academia Brasileira de Letras.
Dom Casmurro conta a intrigante história - escrita na primeira pessoa - de Bentinho (na infância) ou Bento Santiago, um homem que se casou com a amiga de infância, Capitu. Por sua personalidade dividida entre o que deveria ser (cursou o Seminário por exigência da mãe) e o que era (largou o Seminário para seguir uma vida normal e se tornou advogado), acabou cismando que a mulher tinha caso com seu melhor amigo, Ezequiel.
Quando Ezequiel morre, Bento encara a reação da esposa como sinal de que ela e Ezequiel fossem amantes. Pior: ele "entende" que o menino a qual Capitu dera a luz (e a quem, em comum acordo o casal Bento-Capitu dera o nome de Ezequiel) fosse filho do melhor amigo e por isso, rejeita o menino. Se fosse hoje era simples resolver a questão, Bento poderia recorrer ao Programa do Ratinho para pedir o exame de DNA ("Pórva qui us fio num é teu! Pórva!") ou, para ganhar dinheiro de forma vergonhosa, insistir no absurdo que a falecida era bígama.
A trama de "Dom Casmurro" é tão bem construída no sentido de dar espaço as mais diversas interpretações, que até hoje é alvo de teses. Outros tempos. Tempos em que a mediocridade do vil metal não ditava tanto o comportamento humano.
Ainda neste fim de semana: HOMENAGEM A MARIA AUGUSTA RIBEIRO CARNEIRO (Guta).
Só agora descobriu que não existe papai noel, coelhinho da páscoa, duendes, superman, Luke Skywalker, ET, homem aranha? Pois é, colega, além desses personagens não existirem, é óbvio que o "biopaizãããão do ano" não iria contar seus podres. Não iria contar para a CNN, por exemplo, que:
a) mesmo sabendo que o ex-sogro e avô materno de seu filho e galinho dos ovos de ouro estava gravemente doente, ele, como bom Dom Casmurro (*) rancoroso e ambicioso que é, não permitiu que o menino sequer TELEFONASSE para o avô. Ninguém esperava que o indivíduo tivesse o extremo da humanidade de trazer o filho para visitar o avô, mas, por questão de respeito ao filho, poderia ter pego o telefone e permitido que o menino ligasse para o avô;
b) Que ele, seus asseclas, patrocinadores e a Corte parcialista de New Jersey estavam todos de conluio para extorquir a familia do menino MAIS uma vez;
c) que ele só foi atrás do menino após tomar conhecimento do sucesso da ex-mulher como empresária que não apenas possuia quatro lojas nos pontos mais badalados (e caros) do Rio de Janeiro, como também sua confecção exportava produtos para a Europa, onde são vendidas nas boutiques infanto-juvenis mais chiques. Para um durango (por opção durante o casamento) como Goldman, isso foi sinal verde para ascender na vida num país que está em plena recessão e cujo capitalismo não é apenas selvagem, é CANIBAL (se duvida, recomendo mais uma vez assistirem a série de documentários de Michael Moore: Roger & eu, Tiros em Columbine, Farenheit 09/11, SOS Saude/ Sicko e sobretudo, Capitalismo: uma história de amor).
Link para a coluna do Ancelmo: http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/posts/2011/05/13/a-coluna-de-hoje-380039.asp
(*) Para quem fugiu da escola, Dom Casmurro (1899) é um famoso romance escrito por Machado de Assis (1839 - 1908), e que também é autor da Memórias Póstumas de Brás Cubas e fundador da Academia Brasileira de Letras.
Dom Casmurro conta a intrigante história - escrita na primeira pessoa - de Bentinho (na infância) ou Bento Santiago, um homem que se casou com a amiga de infância, Capitu. Por sua personalidade dividida entre o que deveria ser (cursou o Seminário por exigência da mãe) e o que era (largou o Seminário para seguir uma vida normal e se tornou advogado), acabou cismando que a mulher tinha caso com seu melhor amigo, Ezequiel.
Quando Ezequiel morre, Bento encara a reação da esposa como sinal de que ela e Ezequiel fossem amantes. Pior: ele "entende" que o menino a qual Capitu dera a luz (e a quem, em comum acordo o casal Bento-Capitu dera o nome de Ezequiel) fosse filho do melhor amigo e por isso, rejeita o menino. Se fosse hoje era simples resolver a questão, Bento poderia recorrer ao Programa do Ratinho para pedir o exame de DNA ("Pórva qui us fio num é teu! Pórva!") ou, para ganhar dinheiro de forma vergonhosa, insistir no absurdo que a falecida era bígama.
A trama de "Dom Casmurro" é tão bem construída no sentido de dar espaço as mais diversas interpretações, que até hoje é alvo de teses. Outros tempos. Tempos em que a mediocridade do vil metal não ditava tanto o comportamento humano.
Ainda neste fim de semana: HOMENAGEM A MARIA AUGUSTA RIBEIRO CARNEIRO (Guta).
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