sábado, 14 de maio de 2011

Ancelmo Goes descobre que o buraco é mais embaixo...

Ei, Acelmo!

Só agora descobriu que não existe papai noel, coelhinho da páscoa, duendes, superman, Luke Skywalker, ET, homem aranha? Pois é, colega, além desses personagens não existirem, é óbvio que o "biopaizãããão do ano" não iria contar seus podres. Não iria contar para a CNN, por exemplo, que:

a) mesmo sabendo que o ex-sogro e avô materno de seu filho e galinho dos ovos de ouro estava gravemente doente, ele, como bom Dom Casmurro (*) rancoroso e ambicioso que é, não permitiu que o menino sequer TELEFONASSE para o avô. Ninguém esperava que o indivíduo tivesse o extremo da humanidade de trazer o filho para visitar o avô, mas, por questão de respeito ao filho, poderia ter pego o telefone e permitido que o menino ligasse para o avô;

b) Que ele, seus asseclas, patrocinadores e a Corte parcialista de New Jersey estavam todos de conluio para extorquir a familia do menino MAIS uma vez;

c) que ele só foi atrás do menino após tomar conhecimento do sucesso da ex-mulher como empresária que não apenas possuia quatro lojas nos pontos mais badalados (e caros) do Rio de Janeiro, como também sua confecção exportava produtos para a Europa, onde são vendidas nas boutiques infanto-juvenis mais chiques. Para um durango (por opção durante o casamento) como Goldman, isso foi sinal verde para ascender na vida num país que está em plena recessão e cujo capitalismo não é apenas selvagem, é CANIBAL (se duvida, recomendo mais uma vez assistirem a série de documentários de Michael Moore: Roger & eu, Tiros em Columbine, Farenheit 09/11, SOS Saude/ Sicko e sobretudo, Capitalismo: uma história de amor).

Link para a coluna do Ancelmo: http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/posts/2011/05/13/a-coluna-de-hoje-380039.asp



(*) Para quem fugiu da escola, Dom Casmurro (1899) é um famoso romance escrito por Machado de Assis (1839 - 1908), e que também é autor da Memórias Póstumas de Brás Cubas e fundador da Academia Brasileira de Letras.
Dom Casmurro conta a intrigante história - escrita na primeira pessoa - de Bentinho (na infância) ou Bento Santiago, um homem que se casou com a amiga de infância, Capitu. Por sua personalidade dividida entre o que deveria ser (cursou o Seminário por exigência da mãe) e o que era (largou o Seminário para seguir uma vida normal e se tornou advogado), acabou cismando que a mulher tinha caso com seu melhor amigo, Ezequiel.
Quando Ezequiel morre, Bento encara a reação da esposa como sinal de que ela e Ezequiel fossem amantes. Pior: ele "entende" que o menino a qual Capitu dera a luz (e a quem, em comum acordo o casal Bento-Capitu dera o nome de Ezequiel) fosse filho do melhor amigo e por isso, rejeita o menino. Se fosse hoje era simples resolver a questão, Bento poderia recorrer ao Programa do Ratinho para pedir o exame de DNA ("Pórva qui us fio num é teu! Pórva!") ou, para ganhar dinheiro de forma vergonhosa, insistir no absurdo que a falecida era bígama.
A trama de "Dom Casmurro" é tão bem construída no sentido de dar espaço as mais diversas interpretações, que até hoje é alvo de teses. Outros tempos. Tempos em que a mediocridade do vil metal não ditava tanto o comportamento humano.



Ainda neste fim de semana: HOMENAGEM A MARIA AUGUSTA RIBEIRO CARNEIRO (Guta).

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