Nada sugestivo, não é? Pois é isso o que Governo dos EUA, o Judiciário Brasileiro e os pilotos Lepore e Palladino expressaram de emoção ao saberem que 154 Brasileiros haviam perdido a vida.Não existem outras palavras - exceto outros sinônimos mais chulos e grosseiros - para descrever o que vocês lerão a seguir, a não ser "cafajestada".
No post de 21/12/2010 do blog do LUIS NASSIF, a respeito de um daqueles 250 mil telegramas secretos dos EUA que o Wikileaks vem publicando, está descrito passo a passo a cafajestada do Governo Americano para liberar os dois pilotos Joseph Lepore e Jean Paul Palladino.
É uma descrição chocante, que realmente nos faz pensar o quanto ainda os velhos coronéis do DEM e PSDB tem a aprender para se equiparar ao menos vil dos políticos norte-americanos.
Vou reproduzir o texto na íntegra, mas ele se encontra aqui:
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/wikileaks-o-caso-legacyDo CartaCapital WikiLeak
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Acidente da GOL: EUA buscaram Itamaraty e PF para tirar pilotos do paísEm 29 de setembro de 2006, o pior acidente da história da aviação brasileira aconteceu na Serra do Cachimbo, no Mato Grosso.
Um jato particular Legacy, da empresa americana ExcelAire, se chocou com o vôo 1907 da GOL. Todos os 154 passageiros da GOL morreram.
Os pilotos americanos que conduziam o jato, Joe Lepore e Jan Paladino, foram acusados de negligência – eles teriam desligado o transponder, equipamento que alerta para a possibilidade de uma colisão – mas acabaram inocentados pela Justiça Federal de Mato Grosso.
O acidente do Boeign 737 da GOL evidenciou o caos aéreo causado pelo aumento do tráfego sem um aumento do número de controladores aéreos. Os controladores, subordinados à aeronáutica, trabalhavam longas horas e em péssimas condições. No caso do acidente, controladores acusaram que haviam "pontos cegos" em plena rota de aviões, o que dificultava seu trabalho.
Telegramas a serem publicados hoje pelo WikiLeaks mostram que a embaixada americana contactou o Itamaraty, a polícia federal e o judiciário para tirar os pilotos americanos do país.
Atendendo aos EUA, o Itamaraty interveio junto à justiça em nome dos pilotos.
Itamaraty ajuda EUA a pressionar justiça
Preocupados com a possível condenação dos seus pilotos,
em outubro de 2006, os EUA enviaram 3 funcionários do Conselho de Segurança de Transportes (NTSB) e um da Administração Federal de Aviação (FAA) ao Rio de Janeiro para acompanhar de perto as investigações. (1)Por sua vez, a embaixada dos EUA se preocupou principalmente com uma coisa:
tirar os pilotos americanos do Brasil assim que liberados através do habeas corpus – eles não estavam presos, mas seus passaportes estavam retidos e eles não podiam sair do país.
Em novembro de 2006, o cônsul-geral Simon Henshaw Henshaw interveio junto ao Itamaraty para pedir que interviesse junto à justiça.
Um telegrama do dia 17 de novembro mostra que o diretor das Comunidades Brasileiras no Exterior do Ministério das Relações Exteriores,
Manoel Gomes Pereira, disse que iria transmitir "oralmente" a preocupação do governo dos EUA, pois "temia que qualquer
comunicação por escrito pudesse causar repercussão contrária aos pilotos".
No dia 21, Manoel Gomes Pereira telefonou para o cônsul-geral dizendo que ligara pessoalmente para
dois dos juízes trabalhando no caso do acidente (2), explicando a preocupação dos EUA.
Restava esperar.
"Ele recomendou que não se tomassem mais ações até o julgamento, pois os juízes são sensíveis a pressões externas", relatou o telegrama.
Ligando para a PF
Em 1 de dezembro de 2006, o embaixador Clifford Sobel escreveu a Washignton dizendo acreditar "ser apenas uma questão de tempo" até os pilotos do Legacy conseguirem a autorização para sair do país.
Sobel ligou para o delegado da PF Renato Sayao (3), responsável pelo inquérito policial, para perguntar sobre o habeas corpus.
"Contactado pela embaixada, Sayao disse ser improvável mas possível que os pilotos sejam formalmente acusados. Ele disse também que o mais provável é que os controladores aéreos sejam culpabilizados pelo acidente. Mesmo se formalmente acusados, Sayao disse que os pilotos poderiam provavelmente sair do país, mas notou que isso é uma decisão da justiça e não dele".
O embaixador nota também que a
opinião pública estava mais favorável aos pilotos americanos depois que foi
ficando clara a proporção do caos aéreo - no começo, diz ele, estava bastante contra os americanos.
(4)Mirando o STJ
Sobel observa também que os pilotos e executivos da ExcelAire estavam sendo representados no Brasil pelo
escritório de advocacia de José Carlos Dias,
o mesmo que representa a embaixada.
Ele reforça que o advogado da embaixada, Théo Dias, é "
filho de um ex-ministro da justiça".
(5)
"Ele nos alertou para não fazer muita pressão sobre as cortes, dizendo que elas têm orgulho da sua independência e normalmente não cedem a tais pressões, algumas veses produzindo o efeito contrário para provar sua independência". (6)Em seguira, o advogado explicou que se o pedido de habeas corpus não fosse atendido, o recurso iria para o Superior Tribunal de Justiça.
"Nosso advogado sugeriu que se o pedido (de habeas corpus) dos pilotos for rejeitado, nós consideremos uma intervenção discreta junto ao Ministério da Justiça, pedindo que eles contactem o Tribunal Superior".
Sobel encerra o telegrama lembrando que o MRE já havia intercedido junto a dois juízes em favor dos pilotos americanos.
"Nós não acreditamos que mais pressão vai produzir resultados positivos", explica Sobel. "Entretanto, a embaixada (em Brasília) não se opõe a Washington procurar a embaixada brasileira, pois isso pode ser visto como uma continuação dos pedidos ja feitos e não como pressão extra".
Ele conclui que a embaixada estava "frustrada" com a maneira que a investigação foi conduzida – mas era melhor esperar para reclamar "depois que os pilotos tenham deixado o Brasil". (7)
Processo contra pilotos segue até hoje
Em 5 de dezembro de 2006, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região concedeu o habeas corpus aos pilotos norte-americanos, que se comprometeram a comparecer durante a ação penal no Brasil. (8)Em 8 de dezembro de 2008 o juiz federal de Sinop, Mato Grosso, absolveu-os de negligência, mas manteve outras acusações. (9) Pouco mais de um ano depois, em janeiro de 2010, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região suspendeu a absolvição por negligência nos procedimentos de emergência e falha de comunicação. O caso voltou à primeira instância.
As famílias das vítimas seguem organizadas e exigindo punições contra os pilotos. Chegaram a acionar a justiça americana em Nova York, mas o juiz americano Brian M. Cogan negou que a justiça dos EUA pudesse julgar o caso. O juiz também dispensou os pilotos da obrigação de prestar depoimento no Brasil.
Embora estejam respondendo a processo criminal no Brasil, Paladino segue trabalhando na American Airlines e Lepore na Excel Air.
A intervenção americana no caso do Legacy demonstra como o governo dos EUA agem no exterior – chegando a intervir junto ao governo, à polícia e à justiça local – para proteger os cidadãos americanos. E como o governo brasileiro atende a tais pedidos.
Mas o governo dos EUA usam também outras formas de pressão, como vai mostrar uma reportagem a ser publicada à tarde neste site.
(10)COMENTÁRIOS (1) Este blog já publicou o endereço de um VIDEO do Jornal da Globo (
http://deixemseanfalar.blogspot.com/2011/05/voo-1907-aupair.html ) que apresenta o resumo das investigações Brasileira e Americana sobre o acidente. A investigação Brasileira aponta uma série de falhas para a causa do acidente: falhas dos controladores de voo, suposta falha do equipamento E sobretudo, a irresponsabilidade da dupla que deveria ser mais do que perita em pilotagem. Já a investigação americana, comandada pelo FAA e NTSB, isenta a dupla de culpa e despeja sobre "o exótico país tropical, povoado de Jecas Tatus e Macunaímas", a culpa pelo acidente.
(2) Judiciário Brasileiro: maçãs podres que estragam toda uma cesta de lindas e saudáveis maçãs que é o Brasil. Não tem que se fechar os cursos das faculdades de Direito que pululam nas esquinas do Brasil; tinha era que fechar a FACULDADE DE DIREITO DO LARGO DE SÃO FRANCISCO, associada a USP, que é de onde essa turma do mal vem!
(3) "E ai, doutô? Quanto é que ficou?"
(4) Com o patrocínio dos EUA, a participação ativa do PIG e a benção do partido do senador dirigindo bêbado, instalou-se o "caos aéreo" no Brasil. Para tanto, cutucou-se os controladores de tráfego aéreo do Brasil, uma classe de indivíduos que, em qualquer parte do mundo já é estressada por natureza. É quase a mesma coisa que ficar xingando o Rubens Barrichelo ou o Felipe Massa por não vencerem corridas de Formula 1: vai lá, moçada, vai lá arriscar o pescocinho a 300 Km/h! Mesmo por seis milhões de euros por temporada, é muito risco por nada...
Só que no caso dos bravos controladores de voo do Brasil, além de terem que cuidar de milhares de vidas por hora - e quando um avião se estabaca matando 154, 201, 199, 9 esses mesmos controladores são tão afetados emocionalmente quanto os familiares das vitimas - o salário deles é uma merreca e a encheção de saco da Aeronáutica que exige deles postura militar é gigantesca.
(5) José Carlos Dias e Theo Dias, filhos de ex-ministro da Justiça na Ditadura Militar e militantes de carteirinha do partido do senador bêbado. Que lindo! Mais maçã podre, impossível! Porém, quando a familia do outro lá tem centenária tradição jurídica e um dos integrantes da familia foi Ministro da Justiça do Jango Goulart, o PIG e o governo dos EUA inventam que a familia é de "coronéis" com infinita influência nos palácios da Justiça. Oras, oras! Mais uma cafajestada do governo dos EUA, ao difamar a familia LINS E SILVA, já que a própria missão consular se valeu de dois integrantes de outra familia de tradição jurídica Brasileira para passar Ooooooooooooo panão no crime de seus compatriotas pilotos de fogão!
(6) Independência PRA QUÊ? Pra fazer negociatas? Pra vender sentenças? Pra leiloar Habeas Corpus?
(7) Nardonic cleaning tissue: "
aeeeeee, cê sabe se tem algum tira na delegacia pra passar um pano? (...) Pô, mas tá caro esse meganha! Tem que passar o pano de grátis, saca, mêuô?!?"
(8) A promessa de retorno para atenderem a Justicia Brasileña está mais com cara de promessa pra São Longuinho: só dar três pulinhos. Compareceram? Lhufas..... até o julgamento foi por net conferência!
(9) Sinop, Mato Grosso... sei, sei... se procurar, acha o Mizael da Mércia Nakagima lá.... debaixo da mesa do Juiz "robert".
(10) Tem o que se comentar? Exceto o
TACK SÄ MYCKET (`muito obrigado´ em sueco) ao WIKILEAKS e ao Julian Assange....
(***)PS:E que bonito, heim, Governo Brasileiro?!?!? Tanto bla-bla-bla e serviu pra quê?